domingo, março 26, 2006

Criatividade: perigo ou vantagem?

Pode ser-se demasiado criativo?

Nos dias que correm, muitas vezes a média que nos assombra durante quatro anos, passa para segundo plano. A criatividade nas empresas e na vida de todas as pessoas, é uma característica cada vez mais importante.
Imersos na era da tecnologia, as empresas têm uma necessidade imensa de valorizar o capital humano da organização, apostando cada vez mais nos indivíduos e seu conhecimento.
Temos cada vez mais necessidade de nos adaptarmos às novas tecnologias para podermos obter o lucro tão desejado das empresas.

É onde entra então a criatividade?

Quanto mais criativo se for, mais hipóteses temos de fugir à norma e adaptarmo-nos àquilo que vai emergindo.
Na conferência do dia 15 de Março de 2005, o Professor Paulo Amaral falou-nos de tecnologia e conhecimento e da importância de nos adaptarmos às novas tecnologias que cada vez ocupam um papel mais preponderante.
Um dos exemplos focados pelo professor, foram as tecnologias de GrupoR, que dão possibilidade às pessoas de seguirem uma discussão e entrarem nela se entenderem. Este é um dos exemplos onde podemos constatar a importância da criatividade, a importância de criarmos os nossos argumentos e entrarmos ou não numa discussão.
No entanto, tecnologia e homem têm que caminhar nos mesmos sentidos e juntos. Isto porque, como disse o Doutor Paulo Amaral, “A tecnologia tem um potencial de mudança sim, mas se nós também mudarmos”.

De que vale ter muita tecnologia se não soubermos lidar com ela?

É aqui que a formação dos nossos indivíduos e a sua criatividade ganham o seu lugar. A empresa tem que ter tecnologia sim mas, tem também que saber lidar bem com ela.
Nos dias que correm e para sermos criativos, o conhecimento tem que ocupar um lugar preponderante.

O que é então o conhecimento?

É importante para aprender. Quanto mais soubermos maior é a nossa capacidade de acção. Quanto mais souber, melhor comunico. Adquiro conhecimento pela aprendizagem.
No que diz respeito à gestão do conhecimento, é importante dizer que o conhecimento explícito, know about/that, não é possível de verbalizar. O conhecimento implícito, know how, diz respeito à experiência, ao conhecimento prático e está intimamente ligado às pessoas dentro da organização.
O objectivo das empresas é proporcionar conhecimento nos seus colaboradores e apostar na partilha desse conhecimento, para que o know how permaneça na empresa.

Como conseguimos que se partilhe conhecimento numa empresa?

· Através da rotação das tarefas;
· Formação de equipas multifuncionais;
· Aprendizagem permanente;
· Partilha de uma mesma cultura organizacional;
· ncentivar a partilha de conhecimento entre colaboradores;

Por outro lado e tendo em conta as palavras do Doutor Paulo Amaral, “mais importante que gerir tecnologia, é gerir aprendizagem e a gestão das pessoas nas empresas”.

Como é que isto será possível?

· Através da aprendizagem em grupo;
· Utilizar a tecnologia na aprendizagem em grupo;
· Incentivo às pessoas a aprender do ponto de vista pessoal (motivação) e organizacional
(a nível emocional podemos ou não aprender mais com os outros?);
· Gestão do processo de aprendizagem;

Podemos ou não ser criativos?

Penso que sim. Mas concordo com o que disse o Professor Paulo Amaral. As pessoas são de facto o mais importante numa empresa. “A gestão do conhecimento e a aprendizagem partilhada, são cada vez mais importantes. Sem conhecimento a tecnologia não tem valor”. É óbvio que nos dias que correm e com as facilidades que nos são disponibilizadas, podemos dar “asas à nossa imaginação” e ser cada vez mais criativos. No entanto, é importante termos em consideração que essa criatividade é muitas vezes conseguida através dos métodos atrás descritos e não só individualmente.
No entanto, penso que a criatividade que hoje temos pode ser perigosa. Os atentados que ocorreram nos anos anteriores, nomeadamente, o 11 de Setembro de 2001 e o 11 de Março de 2004, evidenciam e bem, o poder da tecnologia e da criatividade contra o ser humano. Só mentes demasiado criativas podem ter capacidade de criar redes de terror à escala mundial.
Termino com uma questão simples: valerá ou não a pena ser-se criativo?